Artigos e Notícias

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22
abr 2015

Câncer de Pálpebra

A radiação ultravioleta do sol, além de alterar o código genético das células, inibe mecanismos de defesa que nos protegem contra o câncer da pele. Algumas das características do envelhecimento cutâneo, como as “casquinhas” e “asperezas” que aparecem com a idade no rosto, são lesões que podem vir a se transformar futuramente em um câncer da pele e devem ser tratadas.

Nos últimos dois anos temos observado um número crescente de casos de câncer de pálpebra, já em estado avançado, que nos procuram para tratamento. Muitos indivíduos, com câncer de pálpebra, por desconhecimento, esperam meses e anos pois o crescimento do tumor é lento e pode levar um tempo até a pessoa se conscientizar do problema.

Estima-se uma prevalência no Estado de São Paulo de 1 caso para cada 1000 habitantes.

As pessoas mais afetadas são as de pele clara, com exposição continuada ao sol, como no caso de trabalhadores rurais. Ocorre mais em indivíduos acima de 45 anos, mas a faixa etária de acometimento está baixando, sendo que temos observado pessoas de 25-30 anos com câncer palpebral.  Existe uma propensão familiar à doença também.

Sinais que podem sugerir um câncer da pálpebra:

  • Feridas que não se cicatrizam, ulceram e que sangram.
  • Nódulos ou inflamações tipo terçol/hordéolo, que não melhoram.
  • Perda de cílios e inflamação continuada da pálpebra.
  • Caroço que aumenta progressivamente de tamanho.

As neoplasias mais comumente encontradas na pele palpebral e associadas à radiação ultra-violeta são o carcinoma basocelular , o carcinoma espinocelular e o melanoma. O problema desse tipo de doença é que se o tratamento não for adequado ou muito tardio, pode levar ao comprometimento do olho, causando a cegueira, e até invadindo o cérebro por contigüidade.

O tratamento é cirúrgico, quanto menor o câncer, mais fácil a cirurgia e mais rápida a recuperação. A cirurgia consiste na retirada da lesão e concomitantemente a reconstrução da área operada para evitar deformidade. A estreita relação das pálpebras com os olhos torna este tipo de  cirurgia  muito delicada e especializada. A remoção completa do tumor deve ocorrer  com a preservação da visão e da função palpebral. Prevenção:
– Medidas para proteção cutânea palpebral da radiação solar:

  • Uso diário de cremes ou géis protetores solares, com FPS 15 ou maior ou produtos de maquiagem com protetor solar; a reaplicação deve ser periódica a cada 2-3 horas;
  • uso de óculos com filtro ultra-violeta, chapéu e  guarda-sol na praia e locais muito ensolarados;
  • evitar exposição direta ao sol entre 10 e 15 horas

Atenção para feridas e nódulos mesmo que pequenos que aparecem na pálpebra, caso estejam aumentando de tamanho, ou haja inflamação e perda de cílios, deve consultar um médico oftalmologista para diagnóstco precoce.

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